QUILOMBO

O que é Quilombo:
Quilombo de Palmares

Quilombo eram aldeias que refugiavam os escravos que fugiam das fazendas e casas de família, e é um termo de origem angola. Os escravos iam para os quilombos para não serem encontrados, pois onde eles viviam eram sempre explorados e sofriam maus tratos.Os quilombos eram aldeias que ficavam escondidas nas matas, em lugares preferencialmente inacessíveis, como o alto das montanhas e grutas, e era onde então os escravos se reuniam e conseguiam levar uma vida livre. As pequenas aldeias eram também chamadas mocambos, e tanto eles como os quilombos duraram todo o período da escravidão no Brasil.
O termo quilombo, originalmente era utilizado apenas para chamar um local utilizado por populações nômades, ou então pequenos acampamentos de comerciantes, e com o início da escravidão, os escravos adotaram o termo para o lugar que eles fugiam, e foi no Brasil que o termo ganhou o sentido que tem atualmente.
Um dos quilombos mais famosos foi o Quilombo dos Palmares, que ficava na então capitania de Pernambuco, atualmente o estado brasileiro de Alagoas. Esse quilombo recebeu esse nome pois um escravo chamado Zumbi foi o grande líder da aldeia.

Link do site: http://www.significados.com.br/quilombo/




Notícia retirada do site Palmares:

MPF/SC discute demarcação de terras quilombolas no oeste do Estado




 Quilombolas de Invernada dos Negros (SC) recebem títulos de três áreas

terça-feira, 
Quilombolas de Santa Catarina, receberam na última semana os títulos definitivos de três das áreas que compõem o seu território, conhecido como Invernada dos Negros. Foram os primeiros títulos entregues a comunidades quilombolas no Estado. As lideranças receberam os documentos durante o Encontro Estadual dos Territórios Quilombolas Catarinenses, ocorrido nos dias 17 e 18, em Florianópolis. A comunidade foi certificada pela Fundação Cultural Palmares – MinC, em outubro de 2013.
O território que possui aproximadamente 7.950 hectares é constituído por 132 áreas localizadas nos municípios de Campos Novos e Abdon Batista. Essas áreas estão em diferentes etapas do processo de titulação.Além das três, agora tituladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 22 estão com ações ajuizadas e com processos em andamento. Outras 12 estão em fase de ajuizamento, as demais sob avaliação para indenização.
Legado e resistência – A história do território quilombola remonta ao ano de 1877, quando a área foi legada por testamento de seu proprietário Matheus José de Souza e Oliveira a oito escravos e três alforriados. Na época, as terras que não foram regularizadas pelos legatários foram apropriadas por outras pessoas, principalmente a partir da década de 1940.
Direito ao território -A titulação das áreas tem como objetivo estabelecer a justiça social, resgatando as tradições das famílias que agora retornam às suas terras.Os quilombolas que vão ocupar toda a extensão do território, não poderão negociá-las pois, os títulos não serão emitidos diretamente aos beneficiários, mas à Associação dos Remanescentes dos Quilombos da Invernada dos Negros.


Notícia retirada do site Rede Salesiana de Escolas:

História da comunidade "Invernada dos Negros"
A história da comunidade Invernada dos Negros remonta ao fim do século XIX. Em 1877, um fazendeiro da região, Matheus José de Souza e Oliveira, declarou em seu testamento que um terço de sua propriedade seria deixado a seus escravos, (Damazia, Margarida, Joaquim) e aos escravos que ficariam servindo a esposa Dona Pureza Emília da Silva. A área doada possuía quase oito mil hectares e foi inteiramente repassada aos escravos e a seus descendentes. Dessa forma, a própria denominação “comunidade remanescente de quilombo” seria uma expressão contraditória para a "Invernada dos Negros", tendo em vista que o território foi herdado.Ao longo do tempo, o interesse por aquelas terras começou a levantar olhares de outras pessoas, que passaram a visitar a comunidade e criar laços de amizades. Como a comunidade era muito carente e necessitava de roupas e alimentação básica, muitos aproveitavam da situação. "Na época, o advogado responsável pela divisão de terras entre os herdeiros do fazendeiro apropriou-se de quase metade da área de terra legada aos escravos em troca de seus serviços prestados para os escravos herdeiros e seus descendentes”, relata Ana Paula.Em 1988, com a promulgação da Constituição, as comunidades remanescentes de quilombos passaram a ter direito às terras que tradicionalmente possuíam e foram ilegalmente apropriadas. As áreas, destinadas à exploração coletiva, têm como objetivo garantir aos descendentes de escravos a preservação de seu modo de vida e de suas manifestações culturais. Mas hoje muitas dessas áreas em todo o Brasil são alvo de jogos de interesse e disputa.A educadora salesiana ressalta que as terras herdadas pelos escravos, segundo o testamento deixado pelo proprietário da fazenda, não poderiam ser vendidas, hipotecadas, trocadas, nem sofrer qualquer alteração no que foi estabelecido no testamento. Mas hoje, 135 anos depois, novas gerações se agregaram do espaço, além de compradores que também venderam as terras a novas pessoas. “A questão é: se toda a terra herdada pelos escravos tiver que ser desapropriada, pessoas inocentes sairão prejudicadas”, conclui a educadora.

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